quinta-feira, setembro 11, 2008

Mais sobra para a Cabidela

Valentim Loureiro é uma personagem, disso não temos dúvidas. Daquelas que marcam toda uma geração, seja para o bem ou para o mal. Eu confesso que gosto do homem, acima de tudo porque, cada vez que o ouço, faz-me rir.
Nestes últimos tempos, tenho-me rido outra vez com o Major. Começou quando veio a público referir que não é ele o culpado pela situação trágica que o Boavista vive, por estes dias. Estranha situação, visto que os últimos, vá…15 anos (!!), esteve à frente dos destinos do Boavista. Enganei-me, tem razão o Senhor Major. Os últimos 5 anos foi o filho, João Loureiro, que esteve ao comando do leme. All in the family, como se costuma dizer…
Mas a melhor história de todas do Major, apenas hoje tive o prazer de ter conhecimento. Num dos vários casos que se arrastam em tribunal, em que o Major é Arguido, mais especificamente, no caso do complexo desportivo edificado em Rio Tinto, em que foi realizado concurso público para análise da melhor proposta para a sua construção, o major disse: “Cortem-me o pescoço se se provar um cêntimo de prejuízo para a Câmara».
Caro Major, em primeiro lugar, vá, não vamos dizer esse tipo de afirmações em público, porque não me estava nada a apetecer ver pela praça pública, a chamada “cabidela à Major”, com o sangue e tal. Em segundo lugar, refere o Major que, a única coisa que fez, foi adjudicar a obra ao concorrente com mais baixo preço. O problema, Senhor Major, não é ser o mais baixo preço no concurso, mas o “preço final”…
Por fim, e ainda relativamente ao cortar do pescocinho, refere o major: “Podem-me cortar o pescoço, que eu faço uma carta a dizer que o autorizei». Pronto, acho que encontrámos o chamado "one man show".
Ora bem, isto coloca-se aqui vários problemas. Em primeiro lugar, a quantidade de papeis que o homem vai ter de assinar, visto estarem pendentes na justiça vários processos contra a sua pessoa.
Em segundo lugar, como Portugal é um país de modas - veja-se os assaltos a bancos ou os car-jackings -, se isto pega, vão ser várias as cabeças a rolar por este Portugal. Veja-se Isaltino Morais ou mesmo a Fátinha Felgueiras, já para não falar do Avelino.
Mais sobra para a Cabidela.

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