terça-feira, janeiro 30, 2007

O Regresso

Antes de mais queria agradecer publicamente ao Sr. Jurista por ter aguentado o barco, de forma firme e máscula, na minha ausência. É bom saber que há sempre alguém disposto a dizer parvoíces quando nós não o podemos fazer. Sr. Jurista, aquele abraço.
Não querendo correr o risco de poder ser considerado o Mantorras dos blogs, só capaz de actuar (e mal, por vezes) durante 10 ou 15 minutos, volto triunfante às lides bloguistas. E escrevo de pé, para provar que não sou o Mantorras e que tenho dois joelhos em condições.
Se fosse treinador do Benfica, a primeira coisa que fazia era ler o Mary Shelley's Frankenstein. Assim, de um modo maquiavélico, juntaria as poucas peças que funcionam de alguns jogadores do Benfica e faria um Frankenstein goleador, algo que o Benfica precisa. O Nuno Gomes (ou Alice no País das Maravilhas, como preferirem) anda alheado da sua função de goleador, anda armado em funcionário público do ataque benfiquista. Bem sei que podem me acusar de negligenciar o Frankenstein meio campista de uma só peça, mais conhecido por Armando Teixeira que por sua vez é mais conhecido por Petit. Mas não, o Petit tem um local especial no coração de todos os Benfiquistas. Um local afastado, seguro, de onde não possa fazer uma entrada a pés juntos e provocar um enfarte do miocárdio. É curiosa a ligação dos jogadores do Benfica aos clássicos da literatura. Assim de repente vem me à ideia Paulo Almeida (Moby Dick), Geovanni (Bela Adormecia), Martin Pringle (Branca de Neve), Marcel e Kikin (Os Miseráveis), Nuno Assis (Crime e Castigo), Miccolli (Cem Anos de Solidão), Gary Charles, Steve Harkness, Dean Saunders, Michael Thomas e o resto dos detritos provenientes de Inglaterra (As Brumas de Avalon ). O Benfica é um clube para pessoal culto.
É difícil arranjar temas para a escrita: está tudo na mesma. O Pinto da Costa é ouvido na PJ, há corrupção na Câmara de Lisboa, o Sporting empata e os sportinguistas queixam-se do sistema. Nada de novo, portanto. Mas o dever chama e aqui estou eu. Com nada de interessante para dizer, mas, verdade seja dita, não é isso a que estão habituados? Por isso contem comigo.
E o aborto, meus amigos? Para quando um movimento cívico a favor dos indecisos? Dava uns belos cartazes: "ABORTO? Ainda não sei". Ou ainda: "ABORTO: Depende, ora vejamos, explique lá a lei outra vez, se faz favor. Ah bom, não sei na mesma". E o que dizer do clássico: "ABORTO? Não sei, quantas estrelas e quantos números é que são? E quanto é o prémio?". Mas o importante é votar. E os Putos lá estarão para exercer o direito ao voto, de forma completamente incosciente e socialmente reprovável.

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