Jackie Chan, mas com qualidade

No outro dia, fui ver o novo filme do James Bond, “Quantum of Solace”. Como sou apreciador dos filmes do Bond, até ai tudo bem. Tudo estava a correr para ser uma boa noite. O único, pequeno problema é que, quando vi o filme, percebi que não era um filme do James Bond.
É que lhe falta todo o “circo” à volta do filme. Passo a explicar:
Em primeiro lugar, o carro. O James Bond tem aquele fabuloso Austin Martin, que por diversas vezes, aparece nos seus filmes. Ora, neste filme, apareceu na primeira cena, o homem espatifa-o todo e pronto, tá feito…, então e carro de substituição, o homem não tem direito? Tem de andar de boleia o resto do filme todo?
Em segundo lugar, Bond que é Bond tem todos os seus aparelhómetros com ele, como sejam um isqueiro que se transforma em bomba relógio, um cotonete que abre uma porta de um banco super vigiado ou mesmo uma pastilha que serve para medir a tensão. Aqui não tivemos nada disso. O máximo que vi foi o homem a abrir uma porta de hotel, e nem percebi com o quê. E isso qualquer ladrão faz.
Em terceiro lugar, em todos os filmes existe a clássica frase “Bond, James Bond”. Esqueçam lá isso, aqui o homem não diz uma única vez o seu nome.
Para o fim, o mais incrível. O James Bond acaba sempre por se enrolar na cama com a Bond girl. É facto indesmentível, que acabam sempre o filme a dar umas cambalhotas. Neste filme…nada disso. O máximo que o homem faz é dar-lhe um beijinho à sucapa. MAS QUE É QUE É ISTO? Temos Bond ou temos menino? Um beijinho?
De Bond não teve nada, mas pronto, não deixa de ser um filme género Jackie Chan, mas com qualidade. Recomendo a quem goste de filmes de acção e/ou pancada. Agora, filmes do James Bond? Ouvi dizer que para o ano sai um novo, é esperar.