Programação de Qualidade

Ontem foi dia de reportagens sobre futebolistas nas televisões nacionais. Primeiro, e obviamente mais importante, pudemos assistir à reportagem sobre o único e imensamente grande (mas não maior que o Benfica, o Figo que se vá, enfim, fotografar ou algo do género) Rui Costa. Devo dizer que fiquei radiante por ver o antigo número 10 de fato, no seu escritório. Acho que ele tem futuro no lugar embora tenha que tomar algumas medidas urgentes, sendo que a mais premente é, sem dúvida, impedir que o Nuno Gomes faça figuras tristes em anúncios para a TMN, Vidal Sassoon ou Evax. Ainda por cima canta sobre a trivela do Quaresma? Alguém lhe dê uma carolada, por favor, e lembre o rapazinho que foi uma trivela do Quaresma que ditou o resultado na Luz, negativo para nós.
Muito comovente a parte em que Rui Costa falava do seu treino de captação. Quando Eusébio o chamou à parte, Rui Costa ficou assustado. É natural, eu também ficaria. Se o Eusébio me chamasse pensava logo “Fogo, o Eusébio está a chamar-me e eu não tenho nenhuma garrafa de Whisky comigo”. Afinal era para dizer que o Rui Costa não precisava de treinar mais, afinal de contas, aquele talento não dá para esconder.
Fui à festa de despedida na Luz e gostei muito, mas, mais uma vez, saí de lá extremamente desiludido. Ainda não foi desta que a Águia Vitória atacou um elemento da equipa de arbitragem ou fez um ninho nas orelhas do Luís Filipe Vieira. Claro que, quando o speaker passou o jogo todo a pedir às pessoas para não saírem do estádio no final do encontro, passei o jogo todo a pensar que iam apresentar o Simãozinho. Isso não se faz a um gajo que acaba de gastar 17€ num bilhete.
Depois tivemos o Nani. É impossível não gostar de um rapaz que vai de Série 6 ver os amigos das barracas. “Não mudes Nani!”, dizia uma senhora. “Não, não, não mudo, deixe-me é ir ali limpar o estofo do meu carro que vale mais que este sítio todo”. Grande Nani. Mostrou também ser fã da “PRAYstation”. Acho que é uma consola nova onde se pode jogar com Jesus Cristo e tudo, é o último grito lá em Manchester. Nani falou também de quando vivia com Cristiano Ronaldo e Anderson. Acho que andavam sempre lado a lado, em degrade, a fazer competições. Pelo que se diz acho que o Nani ficava em último “naquela” competição. Mas, força Nani, não desistas, porque um rapaz com a tua agilidade tem tudo para se safar bem. Deveras interessante o facto de destacar como amigos mais próximos João Moutinho e Miguel Veloso. O Moutinho deve sentir a falta do Nani, pois tem sempre dificuldade em tirar as chuteiras da parte mais alta do cacifo.
Como disse anteriormente, foram programas muito interessantes. Mas, quando é que vamos ter documentários sobre jogadores que realmente interessam? Cao, Zé da Rocha, Constantino, Ngonga, Bobó, enfim, a lista é interminável… Estes sim são grandes mitos do futebol português da década de 90…