Round 2, Fight!

Tremendamente interessante a notícia que li hoje, sobre os alunos do Carolina Michaelis. Então não é que eles surgem na comunicação social a pedirem para trabalhar em paz? É um pedido bonito, obviamente. Mas como é que querem trabalhar em paz com alunas armadas em Bruce Lee? “Dá me o telemóbel já!” aliás, era umas das míticas frases de combate do velho Bruce. Compreendo que seja difícil infernizar a vida dos professores sem paz. Tem que estar tudo calmo para depois eles poderem entrar nas suas loucuras desenfreadas. Depois dizem que “nem todos os alunos da escola se comportam como a aluna”. Gosto particularmente do “nem todos” ou seja, eles assumem que os dementes com pronuncia carregada são claramente a maioria. Outra ideia que retenho da notícia é o facto de a associação de estudantes defender que os professores deviam conversar com os alunos em vez de os castigarem. Pobres almas iludidas… Quando ficarem a saber que o Pai Natal não existe venham escrever cartas outra vez que depois alguém há de prestar atenção ao que vocês dizem. Acho que já há, aliás, um vídeo no Youtube da rapariga, de seu nome Ana, a escrever a carta.
O debate da SIC também foi educativo. Por dois motivos, essencialmente: A cara de desenho animado e tiradas satíricas e humoristas de Rogério Alves e as magnificas e imbatíveis contradições de José Gameiro. Para José Gameiro, tudo no mundo tem dois lados e duas verdades, consoante a conversa está a decorrer. Se o Rogério Alves diz algo, o José Gameiro diz o contrário. Mas o oposto desse contrário também é válido. Salvo se o Rogério Alves o disser. Foi fantástico. E gostei do ar horrorizado de José Gameiro quando a Clara de Sousa disse que as pessoas aplaudiam aquele vídeo do professor que parte o telemóvel do aluno. Obviamente que ele disse que isso não se fazia e que não era o caminho a seguir. A não ser que o Rogério Alves assim o entendesse.

Outro momento delirante foi quando mostraram um vídeo tirado do Youtube (essa invenção do demónio, ou da oposição, conforme acharem um ou outro mais nefasto) em que aparecia a ministra da educação a vaiar um grupo de alunos e/ou professores que a vaiava. Que belo exemplo, que classe, que demonstração de capacidade para ocupar o cargo que ocupa. Fiquei rendido, e olhem que eu até nem simpatizo muito com criaturas maléficas.